O mercado de leite no Brasil em 2018 cresceu 0,5% em volume, para 7,408 bilhões de litros, e 4% em valor, para R$ 22,419 bilhões, ante o ano anterior. A estimativa é da Mintel, empresa de pesquisas de mercado.
Segundo a Mintel, o mercado sofreu com a greve dos caminhoneiros por causa do aumento de preços nos produtos, que ficou em falta nos supermercados. Além disso, parte da coleta do alimento não foi feita durante a greve e uma parcela do leite que foi coletado estragou nos caminhões parados. Mais: a dieta dos animais durante a paralisação piorou.
A empresa diz, ainda, que o mercado de leite de origem animal "parece já ter alcançado o seu potencial" no Brasil, e que a previsão de crescimento do setor para o futuro é modesta.
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Opções à base de vegetais são parte do motivo para a expectativa negativa. A Mintel cita também que a lenta retomada da economia brasileira contribuirá para o fraco crescimento do setor: "De acordo com a previsão da Mintel, em 2023 o valor do mercado deverá chegar a R$ 27,097 bilhões e o volume deverá atingir 7,984 bilhões de litros", diz um resumo do estudo, que destaca que não deve haver picos de crescimento do volume e o valor deve apenas acompanhar a inflação.
Uma possibilidade de crescimento do leite animal é a produção sem lactose. A pesquisa aponta que 10% dos brasileiros consumiram leite de vaca sem lactose nos três meses antes da pesquisa, mas apenas 5% afirmou ser intolerante à lactose.
A Mintel revela que parte desse consumo sem lactose vem de pessoas que têm intolerância à lactose na família e não querem comprar dois produtos diferentes. Marcas também poderiam, segundo a Mintel, produzir embalagens menores de leite para que cada um possa consumir o tipo de leite que preferir.
A pesquisa da Mintel mostra que 14% dos consumidores brasileiros acham que o leite de vaca tem muitos hormônios. Além disso, 15% dos entrevistados pela pesquisa afirmam ter mudado a marca de leite por motivos ligados à segurança do método de produção.
A Mintel afirma que a imagem da indústria de leite foi prejudicada pelo "elevado número de casos de adulteração ocorridos nos últimos anos" e pela cobertura da mídia desses casos.
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