Representantes da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) de mineradora Vale se reuniram, na terça-feira (5/2), em Brumadinho (MG) para discutir o ressarcimento dos produtores rurais atingidos pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão. Em nota divulgada nesta quarta-feira (6/2), a pasta informou que foram discutidas formas de quantificar os prejuízos e posterior pagamento das indenizações.
“Estamos trabalhando intensamente junto com nossas vinculadas para trazer apoio não apenas aos produtores de Brumadinho, mas a todos aqueles que foram atingidos na bacia do rio Paraopeba”, disse, segundo o comunicado, a secretária de Agricultura, Ana Maria Valentini. O comunicado divulgado pela Secretaria não detalha quais ações foram discutidas, especificamente.
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Técnicos da própria secretaria, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) percorreram municípios da região para fazer um levantamento das perdas na produção rural. Dados preliminares devem ser divulgados ainda nesta semana.
Segundo a assessoria da secretaria da Agricultura, em um primeiro momento, o trabalho foi baseado nos relatos dos produtores sobre as perdas nas lavouras, estruturas das propriedades, veículos e equipamentos. Esse levantamento está sendo concluído pelos técnicos do governo mineiro.
No comunicado, a Secretaria informou ainda que também na terça-feira (5/2), em Belo Horizonte, foi formado um grupo de pesquisa para propor ações de retomada da produção agropecuária na região de Brumadinho. Estão reunidos técnicos das áreas de agricultura, meio ambiente e da Polícia de Minas Gerais, além da Embrapa, Ibama, ICMBio e Universidade Federal de Minas Gerais.
A intenção é monitorar a qualidade da água com foco na utilização para a atividade agropecuária. A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais vai disponibilizar imagens feitas por veículos aéreos não tripulados (VANT’s) que medem aspectos como a turbidez da água.
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Ainda de acordo com a Seapa, está sendo feito um monitoramento dos animais que ficaram expostos aos rejeitos da lama da barragem que rompeu em Brumadinho. Nos bovinos, por exemplo, estão sendo feitas coletas de material biológico para avaliar uma eventual contaminação por metais pesados.
O trabalho será feito três vezes por dia até a sexta-feira (8/2) e as amostras coletadas serão analisadas em laboratório.
Nesta quarta-feira (6/2), o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, voltou a Brumadinho, onde sobrevoou a área atingida pelo rompimento da barragem. Segundo a mineradora, o executivo esteve no local para “acompanhar os trabalhos e orientar os empregados que executam ações emergenciais”, que envolvem cerca de 400 pessoas.
Em um vídeo divulgado pela assessoria da empresa, Fábio Schvartsman, disse que a intenção é fechar o mais rápido possível um acordo com as autoridades para “acelerar as indenizações”.
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“A nossa expectativa é de que a gente consiga rapidamente fechar um acordo com as autoridades para que a gente possa acelerar as indenizações. O propósito da Vale, como contribuição, para ajudar a reduzir um pouquinho o gigantesco sofrimento de quem foi vitimado por esse acidente, é o de contribuir financeiramente com generosidade para que as pessoas possam seguir sua vida”, afirma o executivo.
O presidente da Vale chegou a se reunir dias atrás com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para discutir o ressarcimento pela via extrajudicial às vítimas e familiares dos atingidos pelo desastre. Desde o rompimento da barragem, em Brumadinho, a mineradora já teve bilhões de reais em bens bloqueados para viabilizar o pagamento de indenizações.
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