A decisão de um Tribunal Administrativo da França de revogar a autorização de comercialização do herbicida Roundup Pro 360 da Bayer no país não terá implicações significativas sobre os resultados financeiros da companhia em virtude de a França não ser um mercado importante para os produtos da empresa, na análise do banco de investimentos Goldman Sachs. A instituição financeira estima que as vendas francesas de todos os produtos Roundup, não apenas a linha Pro 360, representam menos de 1% da receita total da Bayer.
Na terça, um tribunal de Lyon reverteu a autorização de venda do produto na França por "motivos de precaução". Na decisão, o tribunal relatou que estudos científicos e pesquisas em animais sugerem que o glifosato pode ser cancerígeno para humanos e prejudicial para a reprodução da vida humana e aquática, apesar da aprovação do bloco europeu do ativo químico.
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A Bayer anunciou que discorda da decisão tomada pela corte francesa e disse que está analisando a decisão judicial e considerando alternativas legais. A companhia afirmou, ainda, que há evidências científicas de que o glifosato não é cancerígeno. O agroquímico, que é à base de glifosato, é produzido pela Monsanto, adquirida pela Bayer no ano passado.
O Goldman Sachs considera, entretanto, que o litígio judicial nos Estados Unidos envolvendo o herbicida, com mais de 9,3 mil ações, vai continuar pesando sobre as ações da companhia.
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