Deve voltar a chover no Paraná e Sul de Mato Grosso do Sul nos próximos dias, mas não em grandes volumes. A notícia é um alento a muitos produtores que têm sofrido com a combinação de pouca chuva e altas temperaturas. Algumas das áreas produtoras paranaenses não recebem volumes significativos há um mês, o que tem ameaçado o desenvolvimento da soja e do milho, culturas que tiveram o plantio concluído no final de novembro. Alguns produtores já dão como certa a quebra em produtividade.
A meteorologista Graziella Gonçalves, da Climatempo, explica que grande parte do Estado teve pouca chuva na primeira quinzena de dezembro. Segundo ela, as áreas mais prejudicadas nesse período foram o centro e o oeste, na região próxima da divisa com o Mato Grosso do Sul. “Com poucos eventos de chuva, essas áreas acumularam entre 10 a 20 milímetros, no máximo, em dezembro”, diz.
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O sudeste do Estado é outra porção em que os produtores estão preocupados. Isso porque já não houve muita chuva na região em novembro. Com o cenário de dezembro, o problema com a umidade do solo se agravou. A expectativa é que nos próximos dias as coisas melhorem um pouco neste sentido. Segundo a Climatempo, a previsão é de, pelo menos, um acumulado de 50 milímetros para esta semana na região sudeste do Paraná.
Graziella explica que já há nuvens carregadas sobre o Paraná nesta segunda-feira (17/12). Isso porque uma área de instabilidade que está no Rio Grande do Sul desde a semana passada começou a subir. Por isso, as áreas ao sul do Paraná terão chuvas mais significativas nos próximos dias – na divisa com Santa Catarina, é esperado um acumulado de 70 a 80 milímetros. Na área central, cerca de 50. “São volumes de chuva que não recuperam o solo imediatamente, mas já ajudam bastante”, diz Graziella.
O norte do Estado, perto da divisa com São Paulo, ainda não será tão beneficiado. As chuvas nos próximos dias não devem passar de 20 milímetros. “É na última semana de dezembro que a chuva retorna com mais força pra essa porção do Paraná”, afirma a meteorologista. Para o início de janeiro, a previsão também é de chuvas favoráveis para as áreas produtoras.
O que não deve mudar nesta semana no Paraná é a temperatura, que seguirá muito alta. “No norte, a previsão é de ainda mais calor em relação ao restante do Estado. Com menos chuvas, há mais aberturas de sol”, alerta Graziella.
Além disso, a meteorologia alerta que a partir do início de fevereiro, em praticamente todo o Brasil, com exceção do sul, são esperados períodos prolongados de estiagem e calor intenso. O quadro é resultado da maior influência do fenômeno El Niño, que neste ano deve trazer impactos ao clima e à agricultura com atraso de pelo menos um mês em relação ao esperado inicialmente.
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