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soja-lavoura-graos (Foto: United Soybean Board/CCommons)

 

O governo chinês está fortalecendo a agricultura doméstica, em meio a conflitos comerciais com os Estados Unidos que tornam os grãos norte-americanos mais caros para os importadores locais. Desde julho, são aplicadas sobretaxas sobre todas as compras de grãos originados nos EUA. Diante disso, produtores e governo buscam medidas para elevar a eficiência agrícola.

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Em agosto, um mês depois de as tarifas de ambos os países terem entrado em vigor, o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China disse que construiria 254 "cidades industriais agrícolas fortes" como modelos para o país. "A guerra comercial está definitivamente pressionando o setor local. Altos funcionários do Partido Comunista estão particularmente atentos à agricultura", disse Even Rogers Pay, analista agrícola da empresa China Research, de Pequim.

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Já em setembro, o presidente Xi Jinping visitou fazendas de larga escala na província de Heilongjiang, no nordeste do país, para transmitir a mensagem de que o aumento da produção nacional de grãos pode ajudar a fortalecer a economia chinesa em meio à guerra comercial. "O unilateralismo e o protecionismo comercial estão aumentando, forçando-nos a tomar o caminho da autoconfiança. Isso não é uma coisa ruim. A China depende de si mesma", disse Xi, segundo a mídia estatal oficial.

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O desafio dos produtores chineses é aumentar a produtividade agrícola. O rendimento por hectare para a soja nos EUA é quase o dobro do da China, segundo dados da ONU. Além disso, a automatização dos processos poderia levar ao desemprego em áreas rurais. Segundo dados do governo chinês, atualmente 280 milhões de pessoas trabalham em fazendas da região, quase cem vezes mais que o índice dos EUA.

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Além disso, enquanto nos EUA a média é de áreas de 400 acres, na China a média das fazendas é inferior a 2 acres. As autoridades chinesas buscam a modernização da agricultura com a expansão do uso de maquinário moderno para impulsionar a produção em algumas regiões. A atualização de máquinas e equipamentos agrícolas é uma das dez metas do plano "Made in China 2025", divulgado pelo Conselho do Estado em setembro, visando a aumentar a renda rural e a produtividade em cinco anos.

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