_A deputada Tereza Cristina (DEM-MS) será a ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada pela Frente Prlamentar Agropecuária (FPA), da qual a deputada é líder, e depois oficializada pelo presidente eleito em sua conta no Twitter. A bancada ruralista se reuniu nesta quarta-feira (7/11) com Bolsonaro. O nome da parlamentar foi indicado durante o encontro dos congressistas ligados ao agronegócio em Brasília (DF).
Presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), Tereza Cristina foi reeleita deputada federal nas eleições deste ano, na qual o colegiado apoiou oficialmente a candidatura de Jair Bolsonaro. Ela é a primeira mulher confirmada como ministra do novo governo e a segunda mulhes a chefiar a pasta da Agricultura. Antes, apenas a senadora Kátia Abreu tinha ocupado o cargo, durante o governo da presidente Dilma Rousseff.
Engenheira agrônoma por formação, Tereza Cristina foi diretora de entidades representativas do agronegócio sul-matogrossense, como a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul), a Associação dos Produtores de Sementes do Estado (Aprossul) e a Associação dos Criadores do Estado (Acrissul). No serviço público, foi secretária de Desenvovimento Agrário e da Agência de Defesa Sanitária.
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Por articular a aproximação da bancada ruralista com o presidente eleito, o nome de Tereza Cristina chegou a fazer parte das especulações sobre quem chefiaria a pasta. No entanto, ela negou a existência de convites e afirmou, repetidas vezes, que a indicação do nome era menos importante do que a agenda do agronegócio dentro do novo governo. Nas últimas semanas, vinham ganhando força nomes como o dos deputados Luiz Carlos Heinze, eleito senador pelo PP do Rio Grande do Sul, e Jerônimo Goergen, reeleito pelo mesmo partido e Estado.
Em declarações recentes, a nova ministra da Agricultura vinha dizendo esperar facilidade de diálogo de Jair Bolsonaro com o setor. Segundo Tereza Cristina, o presidente eleito se mostrou sensível às demandas da agropecuária. Seu discurso converge com o dos parlamentares ligados ao setor rural em temas como demarcação de terras indígenas, licenciamento ambiental e regulamentação de agrotóxicos. Tereza ficou marcada com uma das grandes defensoras do projeto de lei que altera a avaliação e o registro de agrotóxicos, a chamada "PL do veneno".
No entanto, a própria deputada e grande parte da bancada ruralista viam com ressalvas a ideia de fundir os Minisérios da Agricultura e do Meio Ambiente, que chegou a ser anunciada pela equipe do presidente eleito. Como participante da transição de governo, Tereza Cristina participará de um grupo temático em que os dois assuntos aparecem unidos.
A indicação da deputada Tereza Cristina para o Ministério da Agricultura foi elogiada por entidades representativas do setor. Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que representa os pecuaristas, o agronegócio está bem representado no primeiro escalão do novo governo.
"A deputada é sensível às pautas do setor agropecuário e tem semostrado uma grande parceora do setor produtivo. Desejamos sucesso", disse em nota o presidente da entidade, Marco Túlio Duarte Soares.
Também em nota, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, afirmou que a presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) tem conhecimento técnico e respaldo político.
"Ela conhece o setor de proteína animal como poucos e sabe claramente das dificuldades e oportunidades que temos pela frente", afirmou Turra.
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