O engenheiro agrônomo André Pessôa, presidente da Agroconsult, afirmou que a fusão do Ministério da Agricultura com o Meio Ambiente, que está em estudos pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro, em tese não teria restrição, mas acha que “na prática não é a hora”.
Na avaliação do consultor, especialista em agronegócio, o mais importante é que o novo governo elabore um plano de desenvolvimento sustentável, a partir do qual serão definidas as políticas para o desenvolvimento sustentável do país, conciliando a exploração dos recursos naturais e com a preservação do meio ambiente. Ele cita como exemplo a necessidade criação dos instrumentos de compliance.
Pessôa diz que a estrutura vai funcionar bem, independente do ministério em que estiver, se houver um plano de governo e políticas públicas claras para o desenvolvimento responsável e sustentável do país. “O presente eleito ganhou um mandato nas eleições para montar o plano”, afirmou.
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Ao avaliar a proposta de fusão como está sendo discutida, o consultor lembrou que existe uma série de assuntos do Ministério do Meio Ambiente que não estão relacionados à questão agrícola, como poluição urbana, licenciamento de indústrias, exploração de petróleo e mineração.
Ele observa que o Ministério da Agricultura tem escassez de gente preparada para avaliar e acompanhar todos os assuntos relacionados ao desenvolvimento sustentável. “A realocação de pessoas pode ocorrer, mas o mais importante não é a estrutura e sim o que efetivamente está sendo feito na prática em termos de política pública.
Em relação ida do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) para o supermistério da Economia, André Pessôa afirmou que a mudança pode até ser benéfica no caso das políticas voltadas para o setor sucroenergético e papel/celulose. Estes dois setores estão sob a guarda do MDIC. “Deve até ser boa a mudança, porque este dois setores ficaram mais próximos do dinheiro.”
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