O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, anunciou nesta sexta-feira (19/10) que as lavouras de algodão do país estão livres, após mais de 100 anos, da praga conhecida como lagarta rosada. Produtores gastavam dezenas de milhões de dólares ao ano para controlar a praga, que também afeta a produtividade das plantações.
Segundo Perdue, a lagarta rosada foi erradicada em todas as regiões produtoras de algodão na área continental dos EUA, graças a atividades rigorosas de controle e regulamentação realizadas pelo USDA, por departamentos estaduais de agricultura, pela indústria de algodão e por produtores. Isso deve diminuir as restrições à movimentação doméstica e internacional do algodão produzido nos EUA.
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A lagarta rosada foi detectada pela primeira vez nos EUA em 1917, no Texas. Ações coordenadas eliminaram essa infestação e outra na Louisiana em 1919. Nos anos 1930s, a praga invadiu novamente o Texas e, nos anos 1950s, já tinha se espalhado para Estados vizinhos, chegando à Califórnia em 1963.
Em 1955, o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do USDA implementou regulamentações para o controle da praga. No auge do programa, dez Estados (Arizona, Arkansas, Califórnia, Louisiana, Novo Mexico, Oklahoma, Texas, Nevada, Mississippi e Missouri) estavam subordinados às regras. Em 2003, o número de Estados tinha diminuído para quatro (Arizona, Califórnia, Novo Mexico e Texas).
A erradicação da lagarta rosada consumiu anos de pesquisa e incluiu o plantio de algodão transgênico, o uso de feromônios para atrapalhar o acasalamento e a inserção de insetos estéreis.
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