Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) vão disputar o segundo turno da eleição presidencial deste ano, com votação marcada para 28 de outubro. Com 99,73% das urnas apuradas, Bolsonaro contabilizava 46,10% dos votos válidos, com uma votação superior a 49,2 milhões de votos. Haddad tinha 29,19% do total, sendo o prefetido de pouco mais de 31,1 milhões de eleitores em todo o país.
Os dois candidatos votaram logo pela manhã, neste domingo (7/10). Depois de deixar a seção eleitoral, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonatro manifestou confiança de ser eleito já no primeiro turno. Já Haddad, que votou em São Paulo, cidade da qual foi prefeito por um mandato, afirmou que seria importante um segundo turno para o debate sobre os projetos para o Brasil.
Antes da divulgação dos primeiros resultados da apuração, pesquisas de boca de urna reforçavam a possibilidade da eleição presidencial ir para uma segunda etapa. De acordo com o Ibope, apontava o candidato do PSL com 45% dos votos enquanto o presidenciável do PT tinha 28% da preferência do eleitorado.
Já depois do resultado confirmado, Haddad reiterou que o segundo turno da eleição será uma oportunidade de "debater frente a frente, olho no olho", e que já nesta segunda-feira (8/10), recomeça a campanha na segunda etapa da eleição presidencial. Ele pregou união do que chamou de "democratas do Brasil", em torno de seu projeto.
"Vamos enfrentar esse debate muito respeitosamente. Vamos para o campo democrático com argumento. Não portamos armas, vamos com a força do argumento para defender o Brasil e o seu povo, sobretudo o povo mais sofrido desse país", disse Haddad, acrescentando já ter conversado com os candidatos Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede), derrotados no primeiro turno.
Haddad não era a primeira opção do PT como candidato à Presidência da República. O partido esperava conseguir lançar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso superintendência da Polícia Federal, e Curitiba (PR), por conta de uma condenação na operação Lava-Jato. Com Lula impedido de concorrer, Haddad foi a opção, em chapa composta com o PCdoB, que indicou Manuela D'Ávila para a vice-presidência, e o Pros.
Em pronunciamento divulgado pela sua página no Facebook, Bolsonaro apareceu ao lado de Paulo Guedes, seu consultor para a área econômica. O candidato voltou a criticar o veto à utilização do voto impresso e destacou problemas em urnas eletrônicas. Resaltou ainda o fato de ter ganho de Haddad em quatro das cinco regiões do Brasil, com exceção do Nordeste.
"Vamos botar um ponto final em todo o ativismo no Brasil, tirar o Estado do cangote de quem produz, desonerar folha de pagamento. O Brasil está à beira do abismo", disse o pesselista, acrecsentando que não será um segundo turno fácil, já que seus adversários têm "bilhões" para fazer campanha.
Candidato por um partido pequeno, Bolsonaro se mostrava à frente na corrida eleitoral nas pesquisas de intenção de voto, o que acabou se confirmando na votação deste domingo. Na fase final da campanha, recebeu oficialmente o apoio da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), liderada pela deputada Tereza Cristina.
Ao longo da disputa, acabou ficando afastado das atividades públicas depois de sofrer um ataque a faca, durante um evento de campanha, no município de Luiz de Fora (MG). O presidenciável passou por pelo menos duas intervenções cirúrgicas. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso e indiciado com base na Lei de Segurança Nacional.
Candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes recebeu 12,48% dos votos, com pouco mais de 13,3 milhões de eleitores manifestando preferência por ele no primeiro turno das eleições presidenciais. Geraldo Alckmin (PSDB) teve 4,81% dos votos e João Amoedo (Novo) completa a lista dos cinco presidenciáveis mais bem votados, com 2,56% do total. Confira no quadro abaixo.
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