O diretor executivo de Oleaginosas da Louis Dreyfus Company (LDC), Luis Barbieri, disse no evento Agrifinance que o valor do frete de Jataí (GO) a Santos (SP) aumentou 37,9% entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, enquanto o IGP-M do período acumulou alta de 36,6%. "A média de aumento de frete nos últimos cinco anos foi igual à inflação", disse Barbieri, ressaltando que, até a determinação de tabela, os preços flutuaram de acordo com a oferta e demanda. "A tabela de fretes representa o maior entrave para crescimento de qualquer atividade econômica no Brasil nos próximos anos."
Segundo ele, se a tabela de frete continuar em vigor, vários elos da cadeia de grãos, desde produtores a empresas de comercialização, vão investir em frota própria de caminhões, o que não é o foco principal do seu negócio. "A tabela vai levar o setor a alocar capital de forma errada e vai deixar tudo mais caro", assinalou. "O frete tabelado é uma grande ameaça ao setor como um todo." Barbieri ressaltou que, do ponto de vista de longo prazo, a infraestrutura ferroviária é uma questão importante para o setor. "Temos importantes projetos em andamento, para o próximo governo, como a Ferrogrão. Também tem a renovação das concessões ferroviárias, que é um tema em que vamos precisar nos envolver na discussão.
"O executivo ressaltou que a capacidade portuária hoje para exportação de granel (soja, milho e açúcar) é de 220 milhões de toneladas para granéis vegetai e os embarques brasileiros devem ficar em torno de 150 milhões de toneladas. "Do ponto de vista portuário, a situação do exportador de granel está resolvida."
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