O Brasil exportou mais carnes in natura em julho em relação a junho deste ano. Passado o efeito da greve dos caminhoneiros, que paralisou o escoamento no fim de maio e afetou o desempenho dos embarques no sexto mês do ano, o mercado registrou em julho uma retomada no ritmo das exportações.
Além disso, como tradicionalmente acontece no segundo semestre, a demanda externa também se mostrou aquecida. E, de acordo com analistas ouvidos pelo Grupo Estado, parte dos resultados foi positiva por causa da mudança na mensuração das informações feita pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (1/8), considera 22 dias úteis.
A exportação de carne bovina in natura somou 130,9 mil toneladas, volume 140,6% superior ao total de 54,4 mil toneladas embarcadas em junho. Na variação anual, o avanço foi de 24,4% ante as 105,2 mil toneladas vendidas ao exterior em julho de 2017. A receita com as vendas da proteína animal atingiu US$ 636,7 milhões no mês passado, aumento de 128,3% comparado ao mês anterior, quando o faturamento bateu em US$ 278,9 milhões. O montante é 42,7% maior que os US$ 446,2 milhões obtidos em igual mês do ano passado.
As vendas de carne de frango in natura em julho deste ano totalizaram 438,3 mil toneladas, salto de 99% ante a soma de 220,2 mil toneladas comercializadas no mês anterior e 23,7% maior que as 354,3 mil toneladas exportadas em julho/2017. No mês passado, o faturamento chegou a US$ 660,1 milhões, alta de 100,2% em relação a junho, quando as vendas resultaram em US$ 329,6 milhões. No comparativo anual, o aumento é de 19,6% em relação aos US$ 551,9 milhões de julho de 2017.
Por fim, os embarques de carne suína in natura alcançaram 57,1 mil toneladas em julho, ante 30 mil toneladas em junho/2018 e 48,7 mil toneladas em julho do ano passado, alta, respectivamente, de 90,3% e 17,2%. O País faturou US$ 105,9 milhões em julho com a exportação de carne suína, valor 81% superior aos US$ 58,5 milhões de junho, mas 13,7% menor quando comparado aos US$ 122,8 milhões registrados um ano antes.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o desempenho da carne bovina in natura ainda é positivo. Os embarques somam 664,9 mil toneladas, 5,65% maiores do que as 629,3 mil toneladas embarcadas de janeiro a julho de 2017. A receita cresceu 13,1%, de US$ 2,538 bilhões para US$ 2,872 bilhões.
Já em carne de frango in natura, o Brasil exportou 2,09 milhões de toneladas de janeiro a julho, 12,1% menos que os 2,378 milhões de toneladas de igual período de 2017. A receita recuou 14,4%, de US$ 3,727 bilhões nos sete primeiros meses do ano passado para US$ 3,187 bilhões neste ano.
Em relação à carne suína in natura, os embarques no acumulado do ano atingiram 293,8 mil toneladas, 14,1% menos que as 342,2 mil toneladas embarcadas em 2017. A receita caiu 28,1%, de US$ 863 milhões para US$ 619,5 milhões nos sete primeiros meses deste ano.
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