A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas, registrou lucro líquido de US$ 91,4 milhões, ou US$ 1,14 por ação, no segundo trimestre de 2018 encerrado em 30 de junho. O resultado representa leve queda de 0,11% ante igual período do ano passado, quando a empresa teve lucro de US$ 91,5 milhões (também US$ 1,14 por ação). A receita líquida no período aumentou 17,18% na mesma comparação, para US$ 2,537 bilhões, com ganhos operacionais. O lucro por ação ajustado ficou em US$ 1,32, acima dos US$ 1,28 na média de analistas consultados pelo FactSet.
"As condições saudáveis da indústria na Europa Ocidental e a melhora da demanda do mercado na América do Norte sustentaram as vendas e a melhoria das margens nestas regiões, compensando os resultados fracos na América do Sul", disse o CEO da empresa, Martin Richenhagen, em nota. No primeiro semestre, as vendas de tratores da empresa avançaram 3% na América do Norte e 1% na Europa Ocidental, enquanto recuaram 7% na América do Sul. Já nas colheitadeiras, o ganho foi de 15% na América do Norte e 14% na Europa ocidental – América do Sul ficou estável.
As vendas líquidas no segundo trimestre na América do Sul recuaram 12,8%, de US$ 251,9 milhões para US$ 219,6 milhões, ante desempenho desfavorável na Argentina e Brasil. No caso brasileiro, a companhia citou diretamente a greve dos caminhoneiros como fator negativo para a produção e venda.
Richenhagen disse que as condições globais das safras ficaram misturadas no primeiro semestre. "As estimativas de produção de safra nos EUA se recuperaram após uma primavera úmida e fria, e as previsões agora apontam outra safra sólida. A falta de chuva na primavera em grande parte da Europa Oriental e em partes da Europa Ocidental está afetando negativamente o desenvolvimento das lavouras. Um padrão climático seco na Argentina e no sul do Brasil resultou na diminuição das expectativas de produção agrícola em 2018", argumentou.
Apesar das previsões adversas, o CEO disse que a demanda na América do Sul deverá melhorar no segundo semestre do ano e permanecer relativamente estável para o ano inteiro em comparação a 2017. "As vendas mais altas no Brasil devem ser contrabalançadas por vendas menores na Argentina devido ao impacto da baixa safra nos lucros dos produtores", acrescentou.
As vendas líquidas gerais da empresa no ano estão estimadas em US$ 9,3 bilhões, com lucro por ação de US$ 3,46 e US$ 3,70 (este em base ajustada).
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