O governo brasileiro decidiu abrir o mercado para a entrada da noz- pecã produzida na Argentina. O anúncio foi feito pelo ministério argentino de Agroindústria, através de nota publicada no Diário Oficial. As negociações para a abertura da importação do produto foram conduzidas pelos secretários de Defesa Agropecuária (Brasil), Eduardo Luis Rangel, e de Mercados Agroindustriais (Argentina), Marisa Bircher.
Os últimos detalhes sobre a sanidade vegetal do produto foram fechados durante reunião realizada no início de julho entre Rangel e o presidente do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina, Ricardo Negri, na fronteira entre Santo Tomé e São Borja. O lugar escolhido para a assinatura dos documentos foi representativo, já que é onde os dois países fazem o controle integrado de saúde animal e sanidade vegetal dos produtos comercializados entre os ambos os lados da fronteira.
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“Isto é mais uma vitória da política exportadora do governo argentino, a qual permite que nossos produtores cheguem cada vez mais às prateleiras do mundo”, disse o ministro de Agroindústria, Luis Miguel Etchevehere, ex- presidente da Sociedade Rural e importante produtor agropecuário. A frase é uma referência ao objetivo do presidente Maurício Macri de transformar a Argentina em um “supermercado do mundo”.
Com propriedades antioxidades e um alto valor protéico, a noz-pecã é rica em cálcio, potássio, fósforo, ferro, vitaminas, fibras e óleo não saturado. As estimativas oficiais apontam a uma produção anual atual de 500 toneladas, cultivadas em superfícies de seis mil hectares, em áreas espalhadas pelo Delta do Paraná e nas províncias de Entre Rios, Buenos Aires e Missiones.
O Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) estima que o mercado em expansão constante gera US$ 2,4 milhões anuais e tem um potencial de chegar a US$ 30 milhões nos próximos anos. A superfície da Argentina cultivada com a noz a coloca em terceiro lugar no mundo, atrás somente do México e dos Estados Unidos
Atualmente, a Argentina é o primeiro fornecedor de produtos agroindustriais para o Brasil. De acordo com os dados do ministério de Agroindústria, em 2017 foram exportadas para o mercado brasileiro 8.044.595 toneladas de produtos agroindustriais com um valor total de U$S 3.097 milhões. Entre os principais produtos exportados estão o trigo, malta, alho, batata e laticínios.
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