A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou nesta quarta-feira, 25/07, ao Ministério da Fazenda ofício em que pede ajustes em alguns pontos do Plano Agrícola e Pecuário 2018/19, anunciado no mês passado e que entrou em vigor no dia 1º de julho.
Conforme a confederação, a pauta de reivindicações inclui o retorno da possibilidade de financiamento de assistência técnica e elaboração de projetos com recursos do crédito rural a juros controlados, o financiamento de armazéns usados no âmbito do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e a revisão dos prazos para reembolso do crédito de custeio para cafeicultura, fruticultura e cana-de-açúcar.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, e a assessora técnica da Comissão Nacional de Política Agrícola da confederação, Fernanda Schwantes, discutiram o tema com o secretário adjunto de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, Ivandré Montiel, em reunião na sede do órgão em Brasília, de acordo com a nota.
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Para Lucchi, o Plano Safra é "muito favorável aos produtores", mas alguns pontos podem ser melhorados. "O prazo de 14 meses para algumas culturas prejudica a atividade. O PCA não financia armazéns usados e isso daria condições aos produtores de construir armazéns a custos mais acessíveis e tem a questão da assistência técnica que foi retirada do crédito com recursos a juros controlados", ressaltou.
A confederação disse que o financiamento da assistência técnica e elaboração de projetos técnicos para produtores foi retirado do Manual de Crédito Rural e, em consequência disso, o produtor passou a pagar do próprio bolso projetistas para esses serviços. "Como algumas instituições financeiras exigem assistência técnica para liberar o crédito e a assistência técnica especializada é insumo de produção, essa medida precisa ser revista", defendeu a CNA. Segundo Lucchi, a confederação vai discutir o tema com os ministérios da Agricultura e da Fazenda para buscar uma solução.
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