O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, foi taxativo ao avaliar o conflito comercial entre Estados Unidos e China. "Para o Brasil, guerra comercial não serve para nada", disse a jornalistas durante o Global Agribusiness Forum (GAF 2018) nesta segunda-feira (23/7). Recentemente, os chineses aplicaram taxas adicionais a algumas commodities agrícolas norte-americanas, como a soja, em retaliação a medidas tarifárias adotadas pelo presidente americano, Donald Trump.
Maggi lembrou que os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT) caíram de US$ 11 por bushel para o patamar de US$ 8,50 por bushel devido a especulações quanto a possível redução da demanda chinesa. "Sem os grãos dos EUA, os compradores vão importar mais do Brasil, mas jamais pagarão a diferença de preço que perdemos nas cotações da CBOT", disse.
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Além disso, o ministro avalia que o eventual aumento dos embarques de grãos brasileiros vai elevar os preços internos da ração para aves e suínos, que precisarão ser negociados pro valores mais altos e perderão competitividade no mercado global. O mesmo deve ocorrer com a indústria de processados de soja, que produz farelo e óleo.
"Com o tempo, as relações entre os dois países vão se ajeitar e o Brasil vai ficar com os prejuízos", enfatiza Maggi.
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