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Soja brasileira tem fácil aceitação no mercado chinês (Foto: Thinkstock)

 

A guerra comercial deve motivar ajustes no fluxo de comércio internacional da soja que podem atrair outros compradores para a oleaginosa norte-americana, apontou a consultoria INTL FCStone no relatório "Perspectivas para Commodities" referente ao terceiro trimestre.

Segundo a consultoria, por mais que as estimativas apontem para uma queda das exportações norte-americanas de soja, esse efeito tenderia a ser mais relevante no curto prazo. "Com algum tempo para ajustes, os fluxos de comércio internacional da soja devem ser alterados, com outros países, excluindo a China, comprando soja dos EUA, atraídos por preços mais baixos, e os chineses tentando comprar o máximo de soja possível da América do Sul e de outros produtores menores na Ásia, deslocando outros demandantes", disse a consultoria. 

Além disso, conforme a FCStone, por mais que a China esteja comprando pouca soja norte-americana há alguns meses, as importações chinesas devem chegar perto de 100 milhões de toneladas, o que provavelmente demandará que o país asiático busque ao menos uma parte de sua necessidade de suprimento nos EUA. Outros produtores, principalmente o Brasil, não são capazes de fornecer toda essa soja sem contar com o grão norte-americano.

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Para o trigo, a consultoria destacou que a colheita nos EUA e no Mar Negro e a expansão de área no Mercosul podem manter os preços sob pressão. "A possível expansão de 7% na área plantada argentina em relação ao ciclo anterior fortalece a perspectiva de aumento do market share do país no próximo ciclo, uma vez que as exportações no primeiro semestre deste ano estão bastante aquecidas", disse a FCStone.

Com relação ao algodão, a consultoria destacou que o Brasil deve ter safra cheia e assumir a terceira posição entre os maiores exportadores na temporada 2017/18. Já quanto ao setor sucroenergético, o excedente global de açúcar nos ciclos 2017/18 e 2018/19 deve pressionar as cotações da commodity, ofuscando o suporte do clima mais seco e do mix alcooleiro no Centro-Sul do País. Segundo a FCStone, uma possível safra recorde na Índia deve obrigar o país a exportar grandes volumes de açúcar em 2018/19.

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Source: Rural

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