A Brado Logística projeta fechar 2018 com um crescimento de 19% em suas operações de logística com produtores de café. A empresa concentra o transporte do grão em seu terminal de Cambé (PR), onde o produto chega por caminhões e é transferido para a linha férrea com destino ao Porto de Paranaguá, e dali para cerca de 60 países ao redor do mundo. Em 2016, a Brado movimentou 474 contêineres com café; em 2017, foram 674; e para este ano, a estimativa é de cerca de 800 unidades.
O diretor Comercial e de Operações da Brado Logística, Marcelo Saraiva, diz em comunicado que espera "movimentar neste ano 19% a mais na operação de café só com os clientes ativos, um porcentual que pode subir conforme novos contratos forem fechados".
"O transporte ferroviário traz uma redução significativa nos custos do frete de exportação, o que nos torna mais competitivos no mercado externo. Em 2017, 85,3% do total que exportamos foi movimentado pela ferrovia", afirma no comunicado o presidente da Fortaleza Agro, Paulo Henrique Tressoldi. Hoje, a Brado atende as empresas Cia. Iguaçu de Café Solúvel e Fortaleza Agro, ambas com fábricas no Paraná. O serviço oferecido pela operadora logística consiste em levar os contêineres vazios por caminhão até às unidades dos clientes, e depois transportá-los por trem de Cambé (PR) ao Porto de Paranaguá.
Em Cambé, o Terminal Brado tem 34 mil metros quadrados, espaço para 1,3 mil TEUS (ou contêineres de 20 pés), depot (espaço em depósito) para 500 contêineres vazios, além de 11 mil posições para paletes. O transporte de café requer contêineres no "padrão alimento": totalmente limpos e sem cheiro para preservar a integridade do produto (em grão ou industrializado).
De Rolândia (PR), o Fortaleza Agro exporta o café em grãos, que chega em sua sede em lotes comprados dos Estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia. No armazém em Rolândia é preparado o blend (processo de misturas e seleção dos lotes destinados à exportação). Um contêiner de 20 pés é forrado com papel kraft e carregado com big bags de mil quilos cada uma, até completar um peso total de 20 toneladas. Após serem lacrados, os contêineres são transportados por caminhão até o terminal de Cambé, e então seguem por trem até o Porto de Paranaguá. A exportação é feita para a Europa (principalmente a Itália) e Ásia (Japão e Coreia do Sul), informa a Brado.
Uma das três maiores exportadoras de café solúvel do país, a Cia. Iguaçu utiliza contêineres de 40 pés, que são carregados em big bags e caixas que contêm o produto já embalado na sede do cliente, em Cornélio Procópio (PR). E o fluxo é o mesmo: de caminhão, a carga vai até o Terminal de Cambé, onde é transferida para o trem com destino a Paranaguá. A Brado tem estrutura própria composta por 16 locomotivas, mais de 3 mil contêineres e 2,4 mil vagões, equipamentos, armazéns e terminais, complementadas por meio de parcerias estratégicas nos principais centros de consumo do país.
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