As usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil processaram 45,306 milhões toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de junho da safra 2018/2019. O volume é 5,05% menor que o total de 47,715 milhões de toneladas moído em igual período da safra passada. Segundo dados apresentados nesta quarta-feira (11/7) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), no acumulado do primeiro trimestre de safra iniciada em 1º de abril o processamento acumula 222,571 milhões de toneladas, alta de 11,60% sobre igual período da safra 2017/2018, quando foram processadas 199,431 milhões de toneladas de cana.
Com 62,33% da oferta total de cana destinada ao etanol e apenas 37,67% ao açúcar, a fabricação do biocombustível somou 2,350 bilhões de litros na segunda quinzena de junho, alta de 30,44% ante igual período da safra passada de 1,802 bilhão de litros. Foram produzidos 1,550 bilhão de litros de hidratado, alta de 60,18% e 800 milhões de litros de anidro, queda de 4,10%.
No acumulado da safra 2018/2019, 11,060 bilhões de litros de etanol foram produzidos, alta de 44,99% sobre igual período do ano passado. Do volume total de etanol fabricado até 1º de julho, 7,773 bilhões de litros foram de hidratado, alta de 76,36%, e 3,288 bilhões de litros de anidro, aumento de 2,06% ante o mesmo período da safra passada.
A produção de etanol de milho totalizou 24,47 milhões litros na quinzena final de junho e soma 161,51 milhões de litros na safra, incremento de 171% em relação ao volume produzido em trimestre do ano passado, informou a Unica.
Segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor Técnico da Unica, "apesar do aumento de a produção de hidratado ter superado a marca de 75%, não observamos nenhum problema generalizado até o momento relacionado à armazenagem física do produto", informou. De acordo com a entidade, a capacidade de estocagem de etanol supera 16 bilhões de litros nas unidades produtoras e a estocagem atual é inferior a 35% dessa capacidade, acrescentou.
A produção de açúcar foi de 2,277 milhões de toneladas quinzena final de junho, baixa de 23,69% sobre igual período de 2017, e acumula 9,747 milhões de toneladas na safra, queda de 12,10% ante 2017/2018. O teor de sacarose na cana, medido na quantidade de Açúcar Total Recuperável por tonelada processada (ATR/t), foi de 140,06 quilos (kg) na quinzena final de junho, 7,78% superior ao de igual período da safra passada. No acumulado da safra, o teor de sacarose está em 129,10 kg de ATR/t, alta de 4,84% sobre 2017/2018. "Os índices de qualidade verificados no final de junho deste ano, só foram observados no início de agosto em anos anteriores. O clima seco favoreceu a concentração de açúcares na planta, mas deve prejudicar substancialmente o rendimento agrícola da lavoura a ser colhida nos próximos meses", informou Rodrigues.
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