As revisões nas estimativas para a safra agrícola deste ano não são suficientes para afetar os preços dos alimentos, avaliou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção nacional de grãos deve totalizar 227,9 milhões de toneladas, uma queda de 5,3% em relação à obtida em 2017, segundo o levantamento de junho. O resultado, porém, é apenas 230.143 toneladas menor que o estimado em maio.
"As revisões foram pequenas, então isso não deve trazer impacto para preço, a princípio não", afirmou Guedes. "Em termos de preços, o que poderia mudar um pouco o cenário são mais questões internacionais do que domésticas", completou.
Guedes se refere à quebra de safra na Argentina, provocada por uma estiagem severa, que pressionou cotações internacionais de commodities, como soja e trigo. O pesquisador lembrou também a disputa comercial entre Estados Unidos e China, que também tem influenciado as cotações internacionais.
"Na verdade é uma safra muito boa, a segunda maior safra que já tivemos no país. A comparação menor com 2017 é porque houve safra excepcional no ano passado", corroborou Carlos Antonio Barradas, gerente na Coordenação de Agropecuária do IBGE.
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