Foi estendido até o próximo dia 30 a vigência do acordo sanitário para a exportação de frango halal – tratado conforme as tradições muçulmanas – do Brasil para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. A informação foi divulgada pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). Depois dessa data, deverá ser feito um novo acordo, cujas mormas já estão sendo discutidas entre as partes.
Segundo a Agência de Notícias da Câmara Árabe, as reuniões para discutir as normas sanitárias começaram no final do mês de março. A própria CCAB participou da delegação que esteve na Arábia Saudita. A missão reuniu também representantes do governo e da cadeia produtiva da avicultura. Depois disso, os Emirados Árabes também passaram a questionar o método brasileiro usado no abate das aves.
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“Há um impasse quanto à forma de fazê-lo dentro da tradição hala. As empresas do Brasil usam choque elétrico para atordoar o frango antes do abate,e vitando que ele se debata na degola e prejudique a qualidade da carne. Mas, segundo os sauditas, o choque mata o frango, que deveria estar vivo na degola segundo a regra halal. As granjas brasileiras defendem que o animal permanece vivo”, diz a publicação da Câmara Árabe.
A reportagem lembra ainda que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes são importantes mercados para a carne de frango do Brasil. Segundo a Câmara Árabe, com base em dados do governo federal, a receita dos exportadores de janeiro a abril deste ano foi de US$ 293,1 milhões nas vendas para os sauditas e de US$ 177,6 milhões no comércio com os Emirados.
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