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frango-aves-galinha (Foto: Globo Rural)

 

A Lar Cooperativa Agroindustrial afirmou nesta sexta-feira (20/4), que a decisão da União Europeia (UE), de descredenciar 20 frigoríficos brasileiros exportadores de carne de frango, "não está baseada em assuntos relacionados à saúde humana, mas em barreiras comerciais".

Em nota, a empresa, que tem sede no Paraná, lamenta a decisão do bloco europeu. A unidade da Lar em Matelândia (PR) é um dos 20 estabelecimentos citados na lista-rascunho com os nomes dos frigoríficos que devem sofrer sanções nos próximos dias. Na nota, a cooperativa informa ainda que do total de carne que industrializa, 50% é destinada para exportação, e deste volume, 7% corresponde a comercialização com a UE. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Lar foi a sétima maior exportadora do produto no Brasil em 2016.

A cooperativa diz também que ainda não recebeu notificação oficial sobre o assunto, "a fim de informar com mais precisão as dimensões e consequências dessa suspensão". "Nosso compromisso com a qualidade na produção de frango já tem 18 anos de história, comprovada pelas certificações internacionais de BRC (British Retail Consortium) e Global G.A.P. (Good Agricultural Practice)", completa.

Repercussão em SC

A Associação Catarinense de Avicultura (Acav) e o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) também comentaram a decisão e qualificaram como "claramente protecionista" a atitude da União Europeia. "São infundadas e inaceitáveis as alegações da Comunidade Europeia segundo as quais as motivações do embargo das indústrias brasileiras seriam de ordem sanitária, especialmente porque o Brasil cumpre rigorosamente as regras estabelecidas pelo Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC)", disseram ambas as entidades, em nota divulgada nesta sexta-feira (20/4). "A própria autoridade sanitária europeia se contradiz ao posicionar que, se o Brasil pagar sobretaxa de 1.024 euros por tonelada e embarcar o produto como carne in natura, as importações seriam retomadas sem problemas", continua a nota.

As entidades dizem, ainda, que aprovam a iniciativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e do Ministério da Agricultura em pedir a abertura de painel contra a União Europeia na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Esse será o foro adequado para se questionarem os critérios determinados para os embarques de produtos salgados (com apenas 1,2% de sal adicionado), que são obrigados a cumprir critérios de análises para mais de 2,6 mil tipos de salmonella – as quais não são nocivas à saúde humana – enquanto para o produto estritamente in natura (sem sal adicionado) são exigidos apenas análises para dois tipos de salmonella", argumentam.

A nota reforça, ainda, o excelente padrão de qualidade e sanitário atingido pela indústria de carnes de Santa Catarina, "condição internacionalmente admirada e reconhecida". "Os padrões de biosseguridade, os avanços genéticos e a atenção extrema à sanidade e ao manejo fizeram da nossa produção agropecuária uma das mais seguras de todas as cadeias produtivas, graças ao empenho e profissionalização dos produtores rurais e aos pesados, intensos e contínuos investimentos das agroindústrias", dizem. Tais características "permitiram à agroindústria brasileira e catarinense exportarem carne para mais de 160 países, entre eles os mais exigentes do planeta em termos de qualidade e sanidade".

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Source: Revista Globo Rural

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