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chuva-milho-graos-clima (Foto: Anthony Easton/CCommons)

 

O analista de mercado da consultoria FCStone, João Macedo, prevê que o mercado de milho deve apresentar volatilidade nos próximos meses, em função da definição de área no hemisfério norte e o desenvolvimento e início da colheita na América do Sul, que irão indicar o cenário para a oferta nestas regiões.

Na avaliação de Macedo, caso a área norte-americana seja ajustada para cima, a tendência seria mais baixista para Chicago nos próximos meses. “Entretanto, os dados de demanda nos EUA podem fornecer algum suporte como fizeram nas últimas semanas.”

Ele observa que as estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) são de plantio de 35,6 milhões de hectares, a menor superfície destinada ao milho desde 2015. A expectativa do USDA é de perda de espaço da soja e do milho para o trigo de primavera, que está com cotações atrativas, explica o analista, lembrando que as condições climáticas atuais estão longe do ideal para a semeadura.

No caso da América do Sul, diz o analista, as estimativas para a produção argentina de milho apresentaram recuo gradual, ilustrando o impacto da falta de precipitações sobre os rendimentos. “Até o começo de abril, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) esperava uma oferta de 32 milhões de toneladas, intensa queda de 18% frente à colheita de 39 milhões de toneladas verificada em 2016/17.”

Já no Brasil as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) demonstravam avanço em abril, com as boas condições climáticas no trimestre favorecendo a produtividade da safra verão. Espera-se uma oferta total de 88,62 milhões de toneladas, 9,4% abaixo da produção recorde do ano passado devido à queda da área de verão.

Macedo ressalta que a projeção da Conab ainda pode apresentar muita variação nos próximos meses, durante o período de desenvolvimento da segunda safra. “O mercado deve ficar muito concentrado no desenvolvimento da safrinha, que é responsável por cerca de 70% da oferta brasileira de milho e possui grande impacto na competitividade brasileira de exportação do grão.” Ele destaca que o cenário climático requer atenção para o desenvolvimento da segunda safra e, para este mês de abril, já não são esperadas chuvas regulares em algumas áreas do Centro-Oeste e do Sul do país.

Source: Revista Globo Rural

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