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michel-temer-politica (Foto: Beto Barata/PR)

 


 

O ex-presidente Michel Temer foi preso na manhã desta quinta-feira (21/03) em uma nova fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A decisão foi do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Ele é o responsável pelas investigações da Operação no Estado. Os agentes da Polícia Federal também estão tentando cumprir mandados de prisão contra os ex-ministros, Moreira Franco, de Minas e Energia, e Eliseu Padilha, Casa Civil.

Segundo informações do jornal O Globo, as prisões foram expedidas com base na delação do operador do PMDB Lúcio Funaro.

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Investigadores cruzaram informações e documentos fornecidos por Funaro com planilhas entregues à Justiça pelos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Claudio Barbosa, o Toni, apontados pela força-tarefa como responsáveis por mandar valores para o exterior para políticos e empresários. Nessas planilhas aparecem trasferências para Altair Alves Pinto, apontado como operador de Cunha. Altair foi apontado pelos doleiros como "o homem da mala" que repassava dinheiro para Eduardo Cunha e para o presidente Michel Temer.

Entre os anexos estão informações do doleiro sobre como funcionava o monitoramento para evitar que outros alvos da Lava-Jato fizessem delação premiada, as relações do Congresso com a Grupo JBS, além do Grupo Bertin, de operações de fundos de investimento da Caixa Econômica Federal (CEF), da campanha do ex-deputado Gabriel Chalita, da LLX de Eike Batista, da CPI dos Fundos de Pensão e de medidas provisória irregulares.

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A delação de Funaro também atinge o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Jorge Picciani e o empresário de Funaro conta ainda que após romper com o governo Dilma, Cunha "pautou e liderou" a votação do impeachment da ex-presidente Dilma e que teria enviado uma mensagem a Funaro perguntando se ele  teria disponibilidade de recursos para poder comprar os votos necessários dos deputados para aceitarem o impeachment. Funaro não cita valores, mas diz que disponibilizou recursos para Cunha. E acusa Cunha de tramar diariamente a aprovação do impedimento da petista.

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