O mercado agrícola não deve temer problemas com desabastecimento de fertilizantes em decorrência da redução de atividades da fabricante Heringer, empresa detentora de 15% do mercado. Um possível receio deste tipo pode ocorrer diante do anúncio pela empresa nesta semana de pedido judicial de recuperação, incluindo o fechamento de 9 unidades do total de suas 19 e a demissão de cerca de mil funcionários.
"Não vai faltar fertilizante", diz Marcelo Mello, da consultoria INTL FCStone. Dois fatores são considerados por ele na análise das perspectivas do setor. A primeira questão diz respeito ao fato de as dificuldades enfrentadas pela Heringer não serem novidade no mercado, o que vem propiciando o desenvolvimento de novos fornecedores. "A empresa vem perdendo market share há alguns meses devido aos problemas de fluxo de caixa que enfrenta e muitos dos seus clientes já vinham tendo de buscar outras alternativas no mercado", afirma Mello.
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Outra questão, segundo o consultor, é que esta época do ano não é a de maior demanda, ao contrário do período entre agosto e outubro, quando a venda de fertilizante atinge seu pico, devido ao preparo para a principal safra do ano, a do verão. "Se este acontecimento de agora ocorresse em julho, seria um problemaço. Mas estamos na época da safrinha e do final da safra de verão", diz. "O próximo período de subida de demanda será entre maio e julho, para chegar ao auge entre agosto e outubro e até lá haverá tempo para os concorrentes se prepararem para atender à demanda".
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