O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se divulgou, pelo Twitter, que são 180 agricultores afetados pela tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, onde o rompimento de uma barragem de rejeitos da Vale se rompeu na sexta-feira, deixando mortos e centenas de desaparecidos. A informação do Mapa se limitou ao número de agricultores e a dizer que todos são pequenos produtores. "A ministra Tereza Cristina está tomando medidas para diminuir o sofrimento e as perdas do desastre em Brumadinho. A hora é de solidariedade e ações de apoio", diz o tuíte do órgão na rede social.
Cenas exibidas pela Globonews mostram cerca de 10 bovinos perdidos perto do local do rompimento da barragem da Vale. Provavelmente boa parte do rebanho da região, estimado em 15 mil cabeças pelo IBGE, deve ter sido atingido pelo mar de lama. Outra parte dos animais vai morrer de fome nas matas ribeirinhas.
O número de vacas ordenhadas em Brumadinho é de apenas 3 mil cabeças.
A área agrícola, estimada em 300 hectares, é liderada pela cana (168 hectares). Há também culturas de feijão, batata doce, milho, tomate e mandioca.
Uma das tradições são os alambiques artesanais. Brumadinho faz parte da Rota da Cachaça.
BATATA-DOCE – 5 hectares
CANA-DE-AÇÚCAR – 168 hectares
FEIJÃO – 5 hectares
MILHO – 60 hectares
TOMATE – 5 hectares
MANDIOCA – 40 hectares
EFETIVO BOVINO 14.383 cabeças
Vaca ordenhada 3.060 cabeças
BUBALINOS 202 cabeças
SUÍNOS 9.880 cabeças
MEL DE ABELHA 2.160 kg
Fonte: IBGE
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, até o fim da tarde deste sábado (26/1), 34 pessoas mortas foram retiradas da lama que devastou a região. Além disso, 23 pessoas foram encaminhadas a hospitais e 81 estão desabrigadas.
O número de mortos faz do caso de Brumadinho o pior da história do Brasil, superando a tragédia de Mariana, há três anos, quando 19 pessoas morreram com o rompimento da barragem da Samarco, empresa que tem entre suas controladoras a Vale. Foi o maior desastre ambiental do país.
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