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Everaldo Balbinot, coordenador da agroindústria da cooperativa, acompanha a secagem do arroz (Foto: Marcelo Curia)

 

O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) do Rio Grande do Sul, medido pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) registrou inflação de 9,87% no acumulado de 2018. Em dezembro, o IICP apresentou queda de 0,86%. Segundo a Farsul, a alta de longo prazo foi estimulada pela elevação da taxa de câmbio, que avançou 15% em relação ao ano anterior. A variação cambial reflete, especialmente, no custo com fertilizantes.

O IICP, que mede os custos de produção, teve alta significativamente maior do que a inflação geral, medida pelo IPCA, que teve aumento acumulado de 3,75% no ano.O levantamento apontou também que o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) no mesmo Estado, que mede a variação dos preços que os produtores recebem, acumulou alta de 14,48% no ano.

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Na comparação com o IPCA, nota-se o deslocamento entre os dois indicadores, o que, segundo a Farsul, comprova que não há relação direta entre os preços pagos pelos alimentos no campo e no supermercado. Enquanto o IIPR acumulou crescimento desde março de 2018, o IPCA Alimentos teve sua primeira elevação somente em junho, após meses de quedas consecutivas. Em compensação, em dezembro o IIPR apresentou redução de 2,3%. O declínio é atribuído pela Farsul à desvalorização dos principais grãos no mercado internacional, diante da expectativa de maiores estoques mundiais para a próxima safra.

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