A Bayer anunciou que discorda da decisão tomada por um Tribunal Administrativo da França que cancelou a autorização de comercialização do herbicida Roundup 360 no país. O agroquímico, que é à base de glifosato, é produzido pela Monsanto, adquirida pela Bayer no ano passado.A companhia disse que está analisando a decisão judicial e considerando alternativas legais. A Bayer afirmou ainda que há evidências científicas de que o glifosato não é cancerígeno. Na manhã desta terça-feira, um tribunal de Lyon reverteu a autorização de venda do produto no país por "motivos de precaução".
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Na decisão, o tribunal relatou que estudos científicos e pesquisas em animais sugerem que o glifosato pode ser cancerígeno para humanos e prejudicial para a reprodução da vida humana e aquática, apesar da aprovação do bloco europeu do ativo químico.A liberação da comercialização do herbicida na França foi inicialmente concedida pela Agência de Alimentos, Meio Ambiente e Saúde e Segurança no Trabalho do país (Anses), em 2017. A agência não comentou o caso até o momento.
Embora as vendas do Roundup 360 na França não sejam significativas, a decisão do tribunal francês pode fornecer munição para pessoas que estão processando a companhia nos EUA por causa dos herbicidas Roundup e Ranger Pro.
A Bayer enfrenta cerca de 9.300 processos que alegam que os produtos causam câncer. A empresa está recorrendo da decisão de um tribunal na Califórnia que a obrigou a indenizar em US$ 78,5 milhões o ex-jardineiro norte-americano DeWayne Johnson. Em agosto, um júri considerou que a exposição prolongada ao glifosato seria a causa do câncer de Johnson.
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