Para mostrar às crianças que o leite não vem da caixinha, uma escola de Curitiba (PR) tem investido em ações que revelam a origem dos alimentos e ampliam o contato dos alunos com a natureza, estabelecendo uma convivência mais sustentável com o meio ambiente. Uma das iniciativas da Escola Atuação é manter um acervo da revista Globo Rural desde a edição número quatro, de março de 1986, na biblioteca para a utilização dos alunos.
"Acredito que a imprensa pode auxiliar na formação das crianças e é essencial para elas manusear o papel da revista. Por isso, mandamos encadernar as edições da Globo Rural todo ano e indicamos para os alunos utilizarem os exemplares para pesquisa", conta Esther Cristina Pereira, diretora da Escola Atuação.
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De acordo com o tema das aula, o acervo da revista Globo Rural é utilizado como fonte de pesquisa e complemento do processo de aprendizagem dos estudantes. "Muitas das ideias de sustentabilidade e de cuidado com o meio ambiente que temos na escola surgem a partir da leitura da revista Globo Rural. Dessa forma, os alunos aprenderam a cuidar dos animais e a construir um minhocário por exemplo", complementa a diretora da escola.
A Escola Atuação desenvolve projetos relacionados à preservação dos recursos renováveis há 31 anos. Para promover o consumo consciente, os alunos de dois a 14 anos são incentivados a usarem garrafas de água retornáveis e os professores a beberem café em canecas de lata esmaltada.
Para Esther Cristina Pereira, psicopedagoga e diretora da escola, a sustentabilidade é um dos principais valores do método educacional e pedagógico utilizado. "Como escola nós temos responsabilidade social para orientar os alunos a cuidar do meio ambiente e promover o bem-estar no ambiente escolar", explica.
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Um dos projetos que a escola desenvolve é o bazar atual de uniformes usados e de livros didáticos para incentivar o reaproveitamento dos materiais por outros alunos no ano seguinte. Outra atitude sustentável é fazer campanhas de arrecadação de materiais recicláveis para transformá-los em réguas, molduras de quadros e rodapés para as salas de aula.
Além de conviverem com plantas e flores na escola, os estudantes visitam semanalmente a Estação Ecológica Vó Caldinus, localizada a 10 quilômetros da escola, onde aplicam os conteúdos aprendidos em sala de aula e tem contato direto com a natureza. Próximo a represa do rio Passaúna, colhem alimentos na horta e no pomar, acompanham a criação de animais como vacas, galinhas, avestruzes, pavões, carneiros e cavalos e a germinação das flores no orquidário.
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O colégio prepara cerca de três mil refeições diárias e utiliza frutas, legumes e vegetais cultivados na Estação Ecológica Vó Caldinus. Além disso, os restos de alimentos servem para alimentar os animais e os resíduos provenientes da cozinha são separados para a adubação das hortas.
A Escola Atuação ainda produz sabão em barra com óleo de cozinha, que posteriormente é utilizado para lavar panos de limpeza e louças. Também armazena a água da chuva em uma cisterna para usar na limpeza da área externa da escola e reutiliza os detritos biológicos dos animais para a manutenção das hortas e do orquidário da Estação Ecológica Vó Caldinus.
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