Novembro foi de estabilidade para o preço do algodão. De acordo com os analistas do Centro de estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq/USP), o mês passado foi marcado por disparidades nos preços colocados por compradores e vendedores. Tanto que o indicador para a pluma ficou praticamente estável, recuando 0,06% de 31 de outubro a 30 de novembro.
Na média de novembro, a cotação de referência apurada pelo Cepea foi de R$ 2,9492 por libra-peso, de acordo com relatório mensal de mercado, divulgado nesta sexta-feira (7). O valor é 4,09% menor que o registrado em outubro deste ano, mas 11,39% acima de novembro de 2017, ao menos reforçando o cenário de valorização da commodity de um ano para outro.
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De acordo com o Cepea, da parte dos compradores, a principal reclamação era a dificuldade de encontrar a pluma na qualidade desejada. No entanto, para atender às necessidade mais imediatas, acabavam fazendo ofertas, com negócios sendo fechado apenas para pequenos volumes.
Do outro lado do balcão, a ponta vendedora esteve menos presente no mercado em novembro. Segundo os pesquisadores, a alegação era a de que boa parte da produção da safra 2017/2018 já estava vendida. Desta forma, a prioridade era cumprir os contratos fechados anteriormente, tanto para o mercado interno quando para exportação.
Números da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) compilados pelo Cepea reforçam a avaliação. Até 30 de novembro, 60,8% da produção da pluma da safra 2017/2018 estavam vendidas. Em Mato Grosso, maior produtor da pluma, as vendas chegaram a 84,59% da produção, de acordo com o Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea).
No mercado internacional, os principais vencimentos na Bolsa de Nova York acumularam alta entre os dias 31 de outubro e 30 de novembro, com as cotações se mantendo próximas dos US$ 0,80 por libra-peso. O contrato para dezembro subiu 0,39% e chegou a US$ 0,7716 por libra no último dia do mês passado. Para março de 2019, a alta foi de 0,78% com a cotação a US$ 0,7891 por libra. Maio de 2019 valorizou de 0,58% fechando novembro a US$ 0,7995.
“Os primeiros vencimentos acumularam alta em novembro, influenciados pelos enfraquecimentos do dólar e do petróleo no mercado internacional, contexto que melhora a competitividade e estimula a demanda pela fibra natural”, avaliam os pesquisadores do Cepea.
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Em meio a este cenário, a paridade de exportação no porto de Paranaguá (PR) aumentou 4,3% em novembro, chegando a R$ 2,8485 por libra peso na condição Free Alongside Ship (FAS), em que o vendedor paga o custo do transporte até o local do embarque. O valor foi apenas 0,7% maior que o de outubro deste ano, mas 26,9% em relação a novembro de 2017.
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