O presidente chinês, Xi Jinping, disse ao presidente brasileiro, Michel Temer, em encontro bilateral em Buenos Aires durante a reunião do G-20, que as tratativas para a conclusão das negociações entre Brasil e China deverão ser agilizadas. A informação foi transmitida nesta segunda-feira (3/11) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, segundo nota da entidade.
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A ABPA lembrou que o Ministério do Comércio da China (MOFCOM), a ABPA e as empresas do setor estão em negociação para a constituição de um "Price Undertaking" (PU) — acordos de preços em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). As conversas estão em fase final, mas pendentes de consenso sobre alguns pontos.
"O presidente Xi Jinping manifestou ao presidente Temer que olhará com atenção e acompanhará de perto a conclusão desta tratativa. O objetivo é consolidar um entendimento equilibrado no menor prazo possível, com total transparência e ganhos para ambos os lados", disse Turra no comunicado.
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A China iniciou em 18 de agosto de 2017 uma investigação sobre práticas de dumping contra as exportações brasileiras de carne de frango. A ABPA e seus associados defenderam ao MOFCOM a "ausência de nexo causal entre as exportações brasileiras e qualquer eventual situação mercadológica local", apresentando contraprovas, de acordo com a nota da APBA.
Apesar disso, o Ministério de Comércio chinês impôs uma tarifa provisória de direito antidumping às importações de carne de frango do Brasil. Ainda assim, exportadores brasileiros optaram por avançar em um acordo proposto pela China que permitisse a manutenção da parceria, que hoje é uma das mais importantes no comércio internacional de proteína animal. A construção do acordo de preços é uma das últimas etapas do processo.
Segundo a ABPA, mesmo com a aplicação de sobretaxa, a China mantém ritmo crescente nas compras de carne de frango do Brasil. O país asiático é o segundo maior mercado importador do produto brasileiro, de uma lista de 160 países. De janeiro a outubro, comprou 364 mil toneladas ou 10,9% do total exportado pelo Brasil, volume 9% maior que o de igual período de 2017.
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