Em meio à incerteza e muita discussão sobre como agricultura e meio ambiente serão posicionados no Ministério de Jair Bolsonaro, pelo menos por enquanto, os dois assuntos estarão unidos. Na segunda-feira (5/11), o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que os trabalhos de preparação da nova administração serão divididos por temas. Um deles é agricultura, meio ambiente e produção sustentável.
Ainda falta uma palavra final do presidente eleito sobre a fusão dos Ministérios. Criticada por ambientalistas e por parte das representações do agronegócio, inclusive lideranças da bancada ruralista, a criação de uma pasta única chegou a ser anunciada pela equipe de Jair Bolsonaro. Mas diante da repercussão, ele mesmo chegou a dizer que "tudo indica" que ficarão mesmo separadas.
Quem apoia a fusão, usa o argumento de que agricultura e meio ambiente são áreas que andam juntas e podem ser administradas por um só ministro. Entre os argumentos de quem critica a proposta, estão o de que a agenda do meio ambiente vai além da agropecuária e que uma junção pode prejudicar a governança ambiental no Brasil.
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Nesta terça-feira, Bolsonaro viajou para Brasília (DF), sua primeira ida à capital federal desde a eleição. Foi ao Congresso Nacional participar de uma sessão solene de comemoração dos 30 anos da Constituição de 1988, ao lado do presidente Michel Temer, do presidente do Supremo Tribuna Federal (STF), Dias Toffoli, dos presidentes das duas Casas do Legislativo, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, e da procuradora geral da República, Raquel Dodge.
“Na topografia, existem três nortes, o da quadrícula, o verdadeiro e o magnético. Na democracia só um norte, é o da nossa Constituição”, afirmou Bolsonaro, em um breve discurso.
O gabinete de transição está montado no Centro Cultural do Banco do Brasil, na capital federal. Ao todo, já foram nomeadas 27 pessoas para compor a equipe que vai receber as informações do atual governo. Conforme a legislação, o gabinete de transição pode ser composto por até 50 pessoas.
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