A moagem de cana-de-açúcar na safra brasileira 2018/19 (abril a março) deve atingir 610 milhões de toneladas, uma redução de 3% em relação à estimativa anterior (628 milhões de t) e 29 milhões de t abaixo da safra 2017/18 (639 milhões de t). A projeção é do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em São Paulo (SP).
Conforme as estimativas, a produção de cana na região Centro-Sul do País, principal centro produtor do mundo, deve atingir 563 milhões de t, uma redução de 5% em comparação com a safra anterior (595 milhões de t). A produção de cana no Norte-Nordeste foi projetada em 47 milhões de t, um aumento de 3 milhões em relação à safra anterior, por cauda das boas condições de colheita.
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Segundo USDA, "problemas relacionados ao clima, especialmente o tempo seco nos Estados de São Paulo e Paraná, entre abril e julho, afetaram a produção e os estoques". Além disso, uma taxa de renovação de canaviais inferior à média contribuiu para reduzir a oferta. O USDA cita, ainda, que diversas lavouras renovadas mostram falhas de germinação. "Restrições financeiras também limitaram o investimento no manejo da culturas, resultando em maior incidência de pragas e ervas daninhas", diz o USDA.
O departamento americano revisou o porcentual de destino da cana moída na safra 2018/19. O mix de produção está em 37,5% para açúcar e 62,5% para etanol, em comparação com 42,2% e 57,8%, respectivamente, na estimativa anterior. O mix de produção na safra 2017/18 está projetado em 46,4% para açúcar e 53,6% para etanol.
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O USDA estima que o Brasil deve exportar de 19,6 milhões de t de açúcar na safra 2018/19, volume bem abaixo em relação à safra 2017/18 (28,2 milhões de t), por cauda da contínua "depreciação das cotações do açúcar no mercado mundial". Segundo o USDA, esse volume representa o menor volume exportado nos últimos 11 anos. Desse total, a exportação de açúcar bruto deve contribuir com 15,68 milhões de t, enquanto o produto refinado deve responder por 3,92 milhões de t.
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