A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em reunião com representantes do governo, defendeu que os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) possam ser realocados para a linha de financiamento da estocagem. Dessa forma, os produtores poderão aguardar o melhor momento para comercializar a safra. Além disso, pediu que o valor financiável por saca não seja inferior ao preço mínimo, para aqueles que decidirem estocar.
O encontro, realizado na quinta (4/10), em Brasília (DF), teve a presença do secretário-adjunto de Política Agrícola, Inclusão Produtiva e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, Ivandré Montiel, e do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz.
Em comunicado, o presidente da Comissão Nacional de Café da CNA, Breno Mesquita, informou que o Brasil teve uma safra de ciclo alto neste ano, estimada em recorde de cerca de 60 milhões de sacas de 60 kg, e o fluxo de entrada do produto no mercado é forte. "Queremos financiar o produtor com um valor que seja atraente para que ele possa segurar o café e almejar preços melhores num futuro próximo", disse ele.
A falta de uma política de garantia de renda e a gestão do risco para o produtor também foram discutidas na reunião. Segundo Mesquita, o Funcafé tem aproximadamente R$ 5 bilhões para apoiar o setor neste ano e, mais do que um recurso de financiamento, precisa garantir rentabilidade para quem se dedica à atividade. "No ano passado, o preço da saca de café estava na faixa de R$ 500 e agora caiu para R$ 380. O produtor financiou e depois precisa pagar o financiamento com juros, o que se torna inviável nos valores atuais", afirmou.
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