Grãos e outras commodities agrícolas dos Estados Unidos vão acabar encontrando demanda apesar de disputas comerciais, mas a história é diferente para frutas, vegetais e produtos de valor agregado, disse Darci Vetter, ex-negociadora chefe para o setor agrícola no Escritório do Representante Comercial dos EUA.
Commodities como a soja vão acabar encontrando um comprador mesmo se a China não ceder, mas produtos como frutas, vegetais e vinhos podem enfrentar dificuldade para recuperar o espaço nas prateleiras perdido durante as disputas, disse Darci durante o Global Food Forum, promovido pelo Wall Street Journal.
Produtos de valor agregado da Austrália, Nova Zelândia e União Europeia vão aumentar sua presença no mercado japonês e em outros países, em detrimento de produtos americanos, afirmou. Além disso, produtores de grãos podem armazenar suas commodities em silos, enquanto produtores de perecíveis como frutas têm poucas opções.
Vetter observou também que a capacidade da China de comprar produtos agrícolas de outras origens dá ao país asiático maior poder de barganha nas disputas. Se as tensões tivessem ocorrido 20 anos atrás, a China teria poucos mercados alternativos aos quais recorrer, disse.
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