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Furacão Florence, em fotografia da Estação Espacial Internacional (Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos/NASA)

 

As inundações causadas pela passagem do furacão Florence em fazendas da Carolina do Norte levaram a morte de 5,5 mil suínos e 3,4 milhões de aves, informou o Departamento de Agricultura e Serviços ao Consumidor do país (NCDA&CS, na sigla em inglês), na quinta-feira (20/9). Segundo a agência, o estrago é efeito das cheias em rios e lagos nas regiões produtoras. A agência é subsidiária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Levantamento feito pelo governo norte-americano estima a morte de 5,5 mil dos 8,9 milhões de suínos no Estado. O número é quase o dobro em comparação com o furacão Matthew, que atingiu o Estado em 2016 e levou a morte de 2,8 mil animais.

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O Conselho de Suínos da Carolina do Norte informou que não espera registrar mais danos nas fazendas, apesar do volume de alguns rios continuar subindo no Estado. De acordo com a entidade, é o pior prejuízo ao plantel em duas décadas. "Esta é a tempestade mais significativa que já enfrentamos", disse Andy Curliss, chefe-executivo do Conselho. Curliss disse, ainda, que os fazendeiros transferiram 20 mil suínos para áreas mais altas, o que impediu um maior número de mortes.

Já na criação de aves o estrago é maior: o NCDA&CS estima perda de 3,4 milhões de frangos e perus em granjas do Estado, em decorrência dos efeitos do Florence. Nesta semana, a Sanderson Farms, terceira maior produtora de aves nos EUA, relatou que cerca de 1,7 milhão de frangos de um estoque vivo médio de aproximadamente 20 milhões de aves da empresa, com idade variando de 6 a 62 dias, foram perdidos como resultado de inundações.

A companhia informou também que de seus 880 galpões de frangos na Carolina do Norte, 60 inundaram. Além da perda de aves vivas, a Sanderson disse que a taxa reduzida de eclosão de ovos e de produção de pintos de um dia vai prejudicar o volume de processamento semanal até dezembro.

Preços dos suínos valorizados

Os contratos futuros de suínos, negociados na Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês), subiram 0,7% no fechamento da quinta. Segundo analistas, os preços médios do produto acumulam ganhos de cerca de US$ 7 nesta semana. "O movimento do mercado de suínos, ao longo das últimas duas a três semanas, é realmente notável", diz Dennis Smith, da corretora Archer Financial Services. Traders aguardam atualizações sobre os crescentes surtos da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) na Europa e na Ásia, além do progresso no retorno de processamento de carne nas regiões prejudicadas pela tempestade Florence. Vários processadores como a Smithfield Foods estão retomando as operações gradualmente. 

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