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drone-tecnologia (Foto: Divulgação/Horus Aeronaves)

Em menos de um mês, a Horus Aeronaves, startup catarinense que fabrica drones e softwares voltados ao setor produtivo, viu seu quadro de sócios crescer mais de 20 vezes. Até agosto, a empresa tinha basicamente cinco sócios e agora tem 116. O número cresceu depois que os fundadores e gestores do negócio decidiram abrir 11,7% do capital da companhia numa plataforma de crowdfunding, na internet. O objetivo era levantar R$ 2 milhões e em menos de três semanas a meta foi alcançada. Trata-se da primeira operação deste tipo envolvendo uma startup do agronegócio no Brasil.

A velocidade da operação surpreendeu o CEO da Horus, Fabrício Hertz, que precisou tirar dúvidas de poucos investidores interessados no negócio, mesmo que a área de atuação da empresa seja considerada mais complexa no mercado. “Foram feitos alguns webinares (weconferências) na primeira semana e depois tiramos algumas dúvidas pontuais de interessados. Alguns investidores já conheciam a empresa, mas de forma geral o perfil de quem entrou foi bem variado, desde engenheiros, médicos, economistas até pessoas ligadas ao setor público”, conta.

Com o aporte dos novos sócios, a Horus pretende apostar na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e também expandir a operação comercial da startup. “A aplicação dos drones no agro é só a ponta do iceberg do que está por vir e queremos virar referência nesse segmento”, afirma Hertz. A empresa tem hoje 70 drones em operação no Brasil e América Latina e 500 clientes. Além da fabricação das aeronaves, tem consolidado o negócio de desenvolvimento de softwares que podem ser usados em outros equipamentos. Desta forma, o cliente adere a uma espécie de assinatura, pagando apenas quando usa o sistema. A expectativa de faturamento da startup para 2018 é de R$ 3 milhões.

Chico Jardim, sócio do SP Ventures, maior fundo de investimento para agtechs no Brasil e um dos principais sócios da Horus, acredita que o crowdfunding tem grande potencial para crescer no Brasil, principalmente porque já está sendo regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em países europeus e nos Estados Unidos essa ferramenta já é amplamente difundida e consolidada. “Nosso objetivo é criar um ecossistema de investidores do agro e atrair produtores rurais, cooperativas e outras empresas do setor, para iniciativas de startups que estão crescendo e que atuam no mesmo segmento desses investidores”, afirma Jardim.

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Source: Rural

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