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politica_europa (Foto: Arquivo/EFE)

 

O acordo para a criação de uma área de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia nunca esteve tão avançado e próximo de ser concretizado,segundo o secretário de Relações Internacionais do ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Odilson Luiz Ribeiro e Silva. Ele concedeu em entrevista exclusiva à Revista Globo Rural, em Buenos Aires, onde participa das reuniões de ministros de Agricultura do G-20.

O assunto foi tratado durante reunião bilateral com o ministro de Agroindústria da Argentina, Luis Miguel Etchevehere, realizada na sexta-feira (27/7). “A gente está preparando uma reunião para agosto, para alinhar alguns temas importantes como, por exemplo, a questão de indicações geográficas e vinhos porque são dois assuntos que estão nas discussões e não foram concluídos”, disse Ribeiro e Silva.

Segundo ele, o encontro com data ainda a ser definida contará com a participação dos demais sócios do bloco, Uruguai e Paraguai, para chegar à reunião com a União Europeia, em setembro, com posição unificada. Ribeiro e Silva participa das negociações com a União Europeia desde 1994 e acredita que desta vez o acordo pode sair.

“Nunca vi as negociações progredirem tanto como agora neste último pacote de ofertas. A questão fitossanitária que antes era um tabu já foi fechada. Têm pendências em propriedade intelectual e em alguns produtos como vinhos e estamos trabalhando para solucionar essas pendências que não são muitas”, afirmou.

Agenda bilateral

O secretário informou ainda que discutiu questões bilaterais com Etchevehere, como a definição de ações de promoções conjuntas em feiras internacionais. “Vamos trocar os calendários das grandes feiras e exposições que participaremos em 2019 para irmos juntos. É mais fácil fazer ação integrada de promoção para produtos de interesse”, afirmou.

Segundo ele, se o Brasil e a Argentina estão juntos em uma feira, atraem muito mais visitantes. “Vamos optimizar nossas ações para atrair importadores juntos”, arrematou.

O representante brasileiro relatou ainda que do ponto de vista da agenda bilateral, embora os dois países tenham limado as asperezas do comércio criadas pelo anterior governo argentino de Cristina Kirchner, persistem alguns problemas. “A principal pendência é que a gente considera que o lado argentino não reconhece efetivamente o nosso status sanitário do Brasil em relação à doença da Vaca Louca. E isso impede que alguns produtos brasileiros circulem livremente no mercado argentino, como as tripas e algumas farinhas de origem animais”, reclamou.

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Porém, Ribeiro e Silva considerou que as pendências têm sido resolvidas rapidamente. Uma delas diz respeito à carne suína brasileira que tinha sua entrada limitada no mercado argentino. “Agora temos exportado carne suína para a Argentina normalmente. Várias empresas brasileiras têm se instalado no país com material genético do Brasil e isso está propiciando que Argentina exporte carne suína”, contou.

O secretário disse que, por outro lado, o Brasil tem comprado material genético bovino. “O mercado mais aberto no Mercosul favorece a todos os sócios porque melhora a tecnologia de nossas produções e a economia de nossos países”,disse.

Source: Rural

Source: Import Rural

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