O desempenho do comércio brasileiro com os Brics, registrado durante o primeiro trimestre, mostra "como os produtores de carne brasileiros estão direcionando seus esforços para a China na intenção de mitigar os impactos causados pela restrição russa à proteína animal do País", avalia o grupo Maersk em relatório divulgado nesta quarta-feira (25/7).
O bloco de nações emergentes é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
"Quando olhamos para a exportação de carga refrigerada para a Rússia, vemos uma queda brusca no crescimento – de 21% no quarto trimestre de 2017 para apenas 5,1% nos três primeiros meses de 2018 – com carne caindo para uma alta mínima de 0,03%. Em compensação, a exportação de aves para a China cresceu 5,8% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, resultado melhor que a alta de 4,7% registrada no quarto trimestre de 2017", destaca Matias Concha, diretor de Trade e Marketing da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul.
O executivo acrescenta que, atualmente, os embarques de carne para a Rússia pararam completamente, enquanto as exportações de carga refrigerada da China continuam crescendo. Como consequência deste movimento, o Maersk espera um desempenho abaixo da média para as importações gerais do Brasil para o bloco, no segundo semestre, "ao passo que o forte desempenho da exportação de carne para a China está pressionando a capacidade de todas as empresas de transporte marítimo".
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