A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara reportou, nesta terça-feira (17/7), prejuízo líquido após participações não controladoras de US$ 211 milhões no segundo trimestre de 2018 (perda de US$ 0,77 por ação), ante lucro de US$ 82 milhões (US$ 0,30 por ação) registrado em igual período do ano anterior.
Já a receita cresceu 15,7% no mesmo comparativo, para US$ 3,192 bilhões. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 15,9%, para US$ 296 milhões. Com o desempenho do segundo trimestre, a companhia acumulou prejuízo líquido após participações não controladoras de US$ 96 milhões (perda de US$ 0,35 por ação) no semestre, ante lucro de US$ 283 milhões (US$ 1,03 por ação) obtido nos seis primeiros meses de 2017. A receita avançou 11,1%, para US$ 6,048 bilhões, enquanto o Ebitda baixou 9,14%, para US$ 733 milhões.
Em comunicado, a Yara informa que o resultado negativo do segundo trimestre inclui uma perda cambial de US$ 302 milhões, ocasionada pelo fortalecimento do dólar norte-americano no período. Excluindo efeitos cambiais e itens especiais, o lucro por ação é de US$ 0,17, mas 50% abaixo dos US$ 0,34 por ação obtidos em igual intervalo de 2017.
"A Yara relata entregas 13% mais altas, apesar da greve dos caminhoneiros no Brasil", destacou Svein Tore Holsether, CEO da companhia, em relação ao total de 10,1 milhões de toneladas de fertilizantes entregues durante o segundo trimestre, ante os 8,9 milhões de um ano antes. No início do ano, as entregas de fertilizantes vinham positivas no Brasil e, em abril, atingiram um crescimento de 25% em relação ao quarto mês de 2017. "Mas a greve dos transportes, seguida pela incerteza relacionada ao custo de frete, levou a uma queda acentuada na atividade. Para maio, as entregas já foram 27% menores do que em maio do ano passado", explicou a companhia no comunicado. Com isso, as entregas ao país totalizaram 1,671 milhão de toneladas no segundo trimestre, recuo de 18,56%. Para o decorrer de 2018, a Yara espera que a demanda aumente em comparação com os últimos três anos, uma vez que os estoques globais de grãos estão relativamente baixos, excluindo a China, e o aumento da produção será necessário para acompanhar o crescimento do consumo.
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