O levantamento da consultoria AgRural mostra que, com ritmo acelerado apenas em Mato Grosso e grande atraso no Paraná, a colheita da safrinha de milho chegou na quinta-feira (12) a 25% da área cultivada com o cereal do Centro-Sul do Brasil. “Apesar do avanço de nove pontos sobre os 16% de uma semana atrás, a colheita segue atrasada na comparação com os 36% do ano passado e os 31% da média de cinco anos.”
Os técnicos da consultoria explicam que a defasagem se deve às temperaturas mais baixas, que têm dificultado a perda de umidade em algumas regiões, o que aumenta ainda mais o atraso provocado pelo plantio tardio.
Eles observam que se cenário de mercado fosse outro os produtores colheriam o milho mesmo com umidade acima do normal. “Mas, com preços pouco atraentes e dúvidas logísticas herdadas da greve dos caminhoneiros, a maioria não tem demonstrado pressa.”
Segundo a consultoria, em Mato Grosso a colheita avançou 16 pontos na semana e chegou a 49% – em linha com os 50% da média de cinco anos, mas abaixo dos 61% de um ano atrás.
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Em Mato Grosso do Sul, a colheita está em 8%, contra 15% há um ano. Apesar da umidade ainda alta, a colheita começou a engrenar em Goiás, onde as máquinas passaram por 13% da área de milho. Mesmo assim, o atraso ainda é grande em relação aos 30% do ano passado.
Os relatos de campo obtidos pela AgRural dão conta que a colheita segue devagar no Paraná, onde apenas 3% da área está colhida, bem atrás dos 19% do ano passado. ‘O atraso é consequência do plantio tardio e da umidade elevada em áreas que já estão prontas para as colheitadeiras.” Em São Paulo e Minas Gerais, 6% e 7% da área está colhida, respectivamente.
Na sexta-feira passada (6), a AgRural elevou sua estimativa de produção na segunda safra de milho do Centro-Sul em 300 mil toneladas, para 53,6 milhões de toneladas. Houve novos cortes na produtividade esperada do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, mas eles foram mais do que superados pela melhora da expectativa de rendimento das lavouras de Mato Grosso e Goiás. Ainda assim, a queda de produção em relação a 2017 é de 16%, devido ao recuo de área e à estiagem. Para o Brasil, a produção é estimada em 57,1 milhões de toneladas (-15%).
A colheita da safra 2017/2018 de algodão de Mato Grosso avançou 2,83 pontos porcentuais em uma semana e atingiu 4,72% da área nesta sexta-feira, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim. Os trabalhos de campo seguem atrasados ante os 8,87% de igual período do ano passado e os 10,90% da média de cinco anos. O Imea projeta a área de algodão em Mato Grosso em 782,9 mil hectares.
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