A comercialização do milho e da soja está travada por causa da indefinição de preços de frete rodoviário, informou nesta terça-feira (19/6) o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. "Pergunte a qualquer produtor: ele tem soja e milho para vender, mas não vende porque não sabe quanto será o frete." Como a atual safra começou a ser colhida em janeiro e fevereiro, aproximadamente metade da produção brasileira ainda enfrenta esse problema.O ministro acrescentou que o problema relatado pelo jornal O Estado de S. Paulo no último dia 12, de cerca de 60 navios parados à espera de carga, continua.
Ele disse não saber exatamente quantos são. "Mas alguns vão embora, e outros chegam", disse. "O problema continua."O ministro explicou que parte dos grãos vem sendo embarcada porque já estava contratada, inclusive com o preço do frete. Mas há uma parte da produção que ainda não foi comercializada. E não será vendida enquanto não se souber qual será o custo do transporte.
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Maggi já se declarou "pessoalmente" contrário ao tabelamento do frete. "Mas o governo tem uma posição", ressalvou. Ele disse que uma "tabela realista" poderia ser aceita.Caminhoneiros e embarcadores, com a intermediação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estavam iniciando discussões em busca de uma tabela de consenso quando, na semana passada, o debate foi transferido para o Supremo Tribunal Federal (STF).
A corte analisa se a Medida Provisória 832, que estabeleceu o preço mínimo do frete, é constitucional. A questão é relatada pelo ministro Luiz Fux, que marcou para amanhã uma audiência de conciliação. Maggi está na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, para uma reunião que discutirá as restrições à exportação de frango. O encontro, marcado para as 14h, está atrasado porque não há quórum. Os deputados integrantes da comissão participam da tensa reunião que discute novas regras para os agrotóxicos.
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