A política de preços mínimos de frete rodoviário distorceu a atividade econômica e “congelou“ as operações de entrega de fertilizantes no Brasil. É o que informa a Associação Brasileira para Difusão de Adubos, em nota oficial divulgada nesta semana, reforçando o coro das entidades críticas ao que vêm chamando de tabelamento do transporte de carga.
“O setor, em resumo, encontra-se em câmera lenta e muito aquém do que deveria estar entregando em pleno início do seu maior pico (redução de 30% nas entregas de maio)”, diz o comunicado, segundo o qual ainda há pelo menos 27 milhões de toneladas ainda por entregar, volume que corresponde a 80% do ano.
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De acordo com a Anda, a tabela de referência divulgada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) impôs aumentos de 100% nos preços do frete. E essa condição foi estabelecida em um momento de queda nos preços dos fertilizantes. Com base em dados de consultorias privadas, a associação informa que as cotações do adubo caíram 7,8% em dois anos.
Representante de mais de cem empresas do setor de fertilizantes, a Anda foi uma das entidades ligadas ao agronegócio que entrou na Justiça contra o preço mínimo do frete rodoviário. Na quinta-feira, chegaram a ser proferidas decisões contra as tarifas de referência, mas, no fim do dia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou a suspensão de todos os processos nas instâncias inferiores.
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